Renascimento

terça-feira, 24 de maio de 2011

    Renascimento, período da história européia caracterizado por um renovado interesse pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte. O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa, durante os séculos XV e XVI. 
    O termo “Renascimento” foi empregado pela primeira vez em 1855, pelo históriador francês Jules Michelet, para referir-se ao “descobrimento do Mundo e do homem” no século XVI. O historiador suíço Jakob Burckhardt ampliou este conceito em sua obra A civilização do renascimento italiano (1860), definindo essa época como o renascimento da humanidade e da consciência moderna, após um longo período de decadência. 

 Características gerais: 
 * Racionalidade 
 * Dignidade do Ser Humano 
 * Rigor Científico 
 * Ideal Humanista 
 * Reutilização das artes greco-romana

ARQUITETURA
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)





Pintura





Barroco

    O termo barroco costuma designar o estilo artístico que floresceu na Europa entre o final do Século 16 e meados do Século 18.

    O aparecimento dos ideais barrocos parece intimamente ligado à Contra-Reforma Católica.
   Apesar de ter sido um estilo internacional, percebemos sua maior força entre países como a Itália, Espanha e Áustria, não tendo atingido muito os países protestantes como a Inglaterra.


 Caracteríscas do barroco:   A questão da harmonia também é importante para o barroco. Entretanto, ela é vista numa obra de forma diferente do renascimento.
     Para o renascentista, a harmonia do todo era garantida por cada detalhe da obra em perfeito equilíbrio, cada detalhe separadamente como um todo harmônico.
     Já para o barroco, a harmonia do conjunto é mais importante, a fusão harmônica dos diferentes componentes de um trabalho. A harmonia individual pode ser sacrificada em nome da harmonia do todo.
     Além disso, essa valorização da unidade geral, entrelaçou muito a arquitetura com a escultura e com a pintura. O ideal das construções passou a ser o do inter-relacionamento desses elementos, dialogando harmonicamente para o bem do conjunto.


Neoclassicismo

     Classicismo é a doutrina estética que dá ênfase à ordem, ao equilíbrio e à simplicidade.Os antigos gregos foram os primeiros grandes clássicos.Posteriormente, os romanos, os franceses, os ingleses e outros povos produziram movimentos clássicos.Cada grupo desenvolveu suas próprias características particulares, mas todos refletiam idéias comuns sobre a arte, o homem, o mundo.
    Trata-se do movimento predominante na arte e arquitetura européia do final do século 18 e início do 19, caracterizado pelo retorno, mais uma vez, aos padrões de arte da Grécia e da Roma antigas. Durante o renascimento, no fim da idade média, a Europa havia se voltado para a tradição clássica.
    Pintura
    A pintura neoclássica, então, obedecia a regras inspiradas nas esculturas clássicas gregas e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição e da harmonia do colorido.
    O Brasil, a herança neoclássica se fez sentir graças à influência da Missão Artística Francesa, trazida no século XIX pela família real portuguesa, que estava aqui naquele século.
    Alguns dos principais artistas do movimento neoclássico Europeu foram:
Bonaparte (Jacques-Louis David)
    Jacques-Louis David: (1748-1825) nasceu em Paris e foi considerado o pintor da Revolução Francesa; mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão. Durante o governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador. Algumas obras: "Bonaparte Atravessando os Alpes" e "A Morte de Marat".

    Jean Auguste Dominique Ingres: (1780-1867) estudou no ateliê do artista David (1797), sua obra abrange, além de composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens. Soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no seu gosto e poder. Por outro lado, revela um inegável apuro técnico na pintura do nu. Algumas obras: "Banhista de Valpinçon" e "Louis Bertin". 

Romantismo

    O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por acontecimentos do final do século XVIII que foram a Revolução Industrial que gerou novos inventos com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão-de-obra, e pela Revolução Francesa que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se complexa.
    Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista.
    Características gerais:

  * a valorização dos sentimentos e da imaginação;  

  * o nacionalismo;  
  * a valorização da natureza como princípios da criação artística; e  
  * os sentimentos do presente tais como: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. 

ARQUITETURA E ESCULTURA
    A escultura e a arquitetura registram pouca novidade. Observa-se, grosso modo, a permanência do estilo anterior, o neoclássico. Vez por outra retomou-se o estilo gótico da época medieval, gerando o neogótico.
    A mansão abaixo é perto como uma poesia romântica, proporcionando formas que foram piceladas pelos designers, tornando-se um mundo encantado de beleza em meio a um clima fabuloso.

Mansão em Mahwah




  PINTURA
Características da pintura:

 * Aproximação das formas barrocas; 

 * Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao observador;  
 * Valorização das cores e do claro-escuro; e 
 * Dramaticidade 
Woman Spring Flower 

Temas da pintura:

 * Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas; 

 * Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas; e 
 * Mitologia Grega 

Impressionismo

O impressionismo é um movimento artístico surgido na França no século XIX. O nome do movimento origina-se da obra Impressão, nascer do sol (1872), de Claude Monet.


Os pintores impressionistas não se interessavam em temáticas nobres ou retrato fiel da realidade. Utilizavam pinceladas soltas para destacar a luz e o movimento. Geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as nuances da natureza.

Nas telas dos impressionistas são retratados os reflexos e efeitos que a luz do sol produz nas cores da natureza. As cores da natureza mudam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol, e uma dessas mudanças implica na alteração de cores e tons.

Harmonia (Claude Monet)
A primeira exposição pública impressionista foi realizada em 1874, em Paris. Entre os expositores estava Claude Monet (1840-1926), Édouard Manet (1832-1883), August Renoir (1841-1919), Alfred Sisley (1839-1899), Edgard Degas (1834-1917) e Camille Pissarro (1830-1903).

Algumas características do autor impressionista: rompe completamente com o passado; inicia pesquisas sobre ilusões ópticas; é contra a cultura tradicional; pertence a um grupo individualizado; entre outras.

Apesar de Édouard Manet não ter se considerado um impressionista, foi em torno dele que se reuniu grande parte dos artistas que posteriormente foram chamados de impressionistas.

O impressionismo serviu para inúmeros artistas desenvolverem seu estilo próprio, como por exemplo, para Van Gogh, Paul Cézanne, Toulouse-Lautrec. 



Mulheres no jardim ( Washington M.)

No Brasil, o representante mais expressivo do impressionismo atualmente é Washingtom Maguetas.


















Modernismo

    Em oposição às formas clássicas, a arte moderna surgiu no final do século passado em forma de pintura e escultura. 
    Os impressionistas, primeiros pintores modernos, geralmente escolhiam cenas de exteriores como temas para suas obras: paisagens, pessoas humildes, etc. 

O Modernismo apresenta, características diferentes na prosa e na poesia. A poesia é escrita em dois períodos distintos: em 1922-1930 e em 1930-1945. Estas duas épocas apresentam também características diferentes. A prosa foi escrita principalmente em 1930-1945. 

 Características do Modernismo de 1922-1930: foi o mais radical dos movimentos modernistas, totalmente inovador, revolucionário, quebrando-se todas as estruturas do passado, voltado para fora, exteriorizado, "língua brasileira", que é a língua falada pelo povo brasileiro 
           -dois tipos de nacionalismo:
              + o nacionalismo crítico, que critica realisticamente a realidade brasileira, idéias esquerdistas 
              + o nacionalismo ufanista, que elogia exageradamente nossas riquezas, idéias de direita busca pela liberdade preocupação em retratar a vida diária, cotidiana, banal, sem exageros emocionais versos livres, sem esquema de rimas ou metrificação.


Baile Popular ( Di Cavalcanti)
 Destacam-se como artistas modernistas: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery.













Site falando mais sobre a história modernista de uma maneira criativa.http://www.itaucultural.org.br/modernismo/01.html

Arte após 2º Guerra

    Na primeira metade do século XX o conceito básico da arte contemporânea e o conceito de vanguardismo estavam quase automaticamente ligados à ideologia do progresso, característica da moderna sociedade industrial que resultou da industrialização iniciada no séc. XIX. 

A 2ª Guerra Mundial traçou uma linha divisória na cultura e na história de arte deste século, que conduziu ao chamado informalismo, ao movimento abstraccionista, ou expressionismo abstracto nos Estados Unidos e a uma série de movimentos artísticos daí derivados 
"A guerra explodiu num contexto cultural que já tinha assistido, durante a década de 30, à emigração de numerosos intelectuais europeus para os Estados Unidos, com o consequente enriquecimento de conhecimentos e a criação de novos estímulos para a cultura americana. A essa emigração seguir-se-á, no final da guerra, a deslocação substancial dos centros de valorização da arte das capitais europeias para os grandes centros metropolitanos dos Estados Unidos, a começar por Nova Iorque. 
    Por outro lado, a duração e a expansão geográfica do conflito, bem como as suas consequências sociais e económicas, permitem englobar no termo "segundo pós-guerra" uma extensão temporal que vai desde o início dos anos 40 até ao final do decénio.... Por fim, há que destacar a dimensão trágica do conflito nas suas múltiplas manifestações, que não terminaram com o lançamento da bomba atómica, que iria influenciar nas consciências mais esclarecidas muito para lá da contingência do facto isolado, como sinal do encerramento definitivo de um ciclo da história da humanidade, pela consciência, que então se teve, de que era possível destruir todo o planeta. 


    Abaixo nota-se os movimentos artísticos q decorrem em paralelo no tempo:

Informalismo
    Dentro da arte informal pode falar-se de expressionismo abstracto, pintura matérica, pintura sígnico-gestual, gestualismo, action-painting , pintura tachista (do francês "tache" - mancha) e espacialista. 
Considera-se que a pintura informalista teve início em 1944, ou seja perto do final da 2ª guerra mundial - tendo ido buscar as suas influências ao dadaísmo, surrealismo e abstraccionismo - em dois focos principais que foram Nova Iorque e Paris, tendo-se posteriormente espalhado por outros lugares dos Estados Unidos e da Europa. 
La Garçonne ( Jean Fautrier)
O vulgarmente considerado iniciador do informalismo europeu foi o pintor francês Jean Fautrier (1898-1964) , que em finais da década de 20, realizava já um tipo de trabalhos que, apesar de ainda serem figurativos, distinguiam-se pela espessura das suas texturas














Action Paintng
    O termo Action Painting deriva de uma das características principais deste tipo de pintura: a velocidade de execução, o gesto, ou, o que é o mesmo, a pintura de acção. Pollock (um dos artistas mais importantes da história da pintura e iniciador do Expressionismo abstracto) utilizava sempre o sistema de dripping , ou seja o espargir directo de um tubo ou balde do qual cai a tinta. Esta vai cobrindo uma e outra vez a superfície da tela estendida horizontalmente no chão, daí resultando um denso emaranhado linear sem qualquer controlo ético ou estético, por vezes caótico.

Jackson Pollock
Artistas mais representativos :
- Jackson Pollock (1912-1956), Robert Motherwell (1915), Willem de Kooning (1904-1998), Franz Kline.

















Abstraccionismo
    A sua pintura era contrária à Action Painting . Perseguiam um ideal de pintura absoluta, diferente de tudo o que tivesse existido. Nas suas pinturas, a imagem torna-se um acontecimento ritual, mágico, sagrado, pretendendo intervir psicologicamente nos espectadores. 
    Artistas mais representativos: 
Exposição (Mark Rothko )
Mark Rothko (1903-1970), Barnett Newman (1905-1970), Mark Tobey (1890-1976), Ad Reinhardt (1913-1967), e Clyfford Still 

Pré História - Arte Rupestre

terça-feira, 5 de abril de 2011

   Há milhares de anos os povos antigos já se manifestavam artisticamente. Embora ainda não conhecessem a escrita, eles eram capazes de produzir obras de arte.
   A arte rupestre é compreendida como o amplo conjunto de desenhos, pinturas e inscrições realizadas pelo homem pré-histórico. Geralmente, este tipo de manifestação artística aparece no interior de cavernas e em outras superfícies rochosas cingidas pela marca da presença humana. Ainda hoje, muitos especialistas discutem se o desenho rupestre pode ser avaliado como uma forma de arte.Também são encontradas, muitas vezes, mãos humanas em negativo enquanto as representações humanas são muito raras.

   Segundo a maioria dos historiadores a arte rupestre seria uma forma de manifestação simbólica ou de práticas de magia e feitiçaria: a representação de animais que geralmente eram caçados teriam como objectivo fazer com que as caçadas tivessem sucesso.
   Mesmo sendo difícil resolver tal polêmica, não podemos negar que a arte rupestre é uma importante fonte de informações que nos relata sobre o tempo e os costumes de alguns grupos humanos. Para alguns estudiosos, o desenvolvimento desse tipo de manifestação esteve diretamente ligado ao processo de dominação do fogo. O controle desse elemento natural permitiu o conforto e a segurança necessários para o posterior surgimento de processos de comunicação mais complexos, como a palavra e a arte.
 

   Diferentemente do que sabemos por meio dos grandes manuais e ou enciclopédias mundiais de arte, história, cultura e outros espaços acadêmicos. Ou ainda nos manuais didáticos do Brasil. Aqui no Brasil também se fez pinturas rupestres – são pinturas feitas nas rochas, usando-se do ocre para executá-las (gordura vegetal e animal) na maioria das vezes. E ficaram registradas ao longo de muitos anos. Há muito tempo atrás, podendo chegar até a 50 mil anos antes do presente, no Brasil, mas não somente.

Pinturas
   As pinturas rupestres foram produzidas pelos primeiros habitantes do Brasil. E estes habitantes deixaram nas pinturas registradas, muito provavelmente segundo nosso entender, suas ações sociais neste registro visual. Uma das ações sociais seriam as educativas.

"Cuevas de los caballos" , castellon-Espanha
Caçando o alimento- arte rupestre

Arte Egípcia - Idade Antiga

    A arte Egípcia surgiu a mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas.
   O local a ser trabalhado primeiramente recebia um revestimento de gesso branco e em seguida se aplicava a tinta sobre gesso. Essa tinta era uma espécie de cola produzida com cores minerais.
Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses e do seu povo em menor escala, já que as pessoas não podiam ser representadas ao lado de deuses e nem dentro de templos. Provavelmente eles não tiveram a intenção de nos deixar a "arte" de seus criadores.
     O tamanho das pessoas e objetos não caracterizavam necessariamente a distância um do outro e sim a importância do objeto, o poder e o nível social.

   Os valores dos egípcios eram eternos e estáveis. Suas leis perduraram cerca de 6.000 anos. O Faraó representava os homens junto aos deuses e os deuses junto aos homens, assim como era responsável pelo bem-estar do povo, sendo considerado também como um próprio Deus.

Características básicas:
    Na representação da figura humana, o rosto era sempre apresentado de perfil, mesmo os olhos sendo mostrados de frente. Isso nos dá um certo ar de irrealidade. O tronco era apresentado de frente mas as pernas sempre estavam de perfil. Esse é um aspecto bem curioso e chama-se lei da frontalidade.
    As pessoas mais importantes eram representadas em tamanho maior. Assim, o Faraó era sempre maior do que sua esposa. Em seguida a esses, pela ordem de tamanho, vinham os sacerdotes, os escribas, os soldados e finalmente o resto do povo. Por isso transmite-se a idéia de que os faraós eram figuras gigantescas, o que nem sempre era verdade.



Colunas

    Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel.

Palmiforme - flores de palmeira


Papiriforme - flores de papiro


Lotiforme - flor de lótus
Esfinge
   Representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os maus espíritos.

Obelisco
   Eram colocados à frente dos templos para materializar a luz 
solar.









Arte Grega

   Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas, pinturas e obras de arquitetura impressionam, até os dias de hoje, pela beleza e perfeição.

   Os artistas gregos buscavam representar, através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos.

  Os gregos criaram, ao longo de sua história, as mais variadas formas de arte — desde as mais simples, como as moedas, até as verdadeiramente monumentais, como templos, estátuas em tamanho natural e maravilhosos relevos.

Pintura
     A pintura grega atinge, no juízo dos escritores antigos, o mesmo altíssimo nível alcançado pela escultura.
  Os antigos também a antepunham, em termos de importância, a própria escultura, e recordaremos que esta era sempre pintada, pois uma estatua sem cor teria aparecido como um corpo exangue, como o fantasma de uma árvore, de um edifício, como um contra-senso apesar de sua beleza, uma vez que a cor natural do mármore, do bronze ou da argila não poderia substituir a cor da imaginação artística.


ânfora grega com cenas mitológicas
Hídria decorada em vermelho

Arquitetura
   As estátuas das divindades precisavam ser protegidas contra as intempéries, e assim surgiram os primeiros templos gregos. Os templos mais antigos eram em geral simples construções de madeira e não resistiram ao tempo; mas, a partir do Período Arcaico, a pedra passou a ser utilizada na construção e, embora muito danificados, muitos desses templos chegaram até nós.
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Templo da concórdia
   A construção do templo visava abrigar as estátuas dos deuses e não acomodar os fiéis. Praticamente todas as cerimônias religiosas eram realizadas ao ar livre, em altares especialmente preparados para cada evento.

Arte Romana

    Discute-se muito se existe ou não um estilo romano. A dúvida provém do fato de que os romanos não criaram um estilo próprio; na verdade, a arquitetura da Roma Antiga é formada por um conjunto de elementos gregos e etruscos. O plano do templo é herdado dos etruscos. Quanto à ornamentação, é grega, sendo coríntia a ordem preferida. Ou se mandavam trazer da Grécia esculturas, colunas e objetos de todo tipo, ou se fazia cópias dos originais nas oficinas da cidade.


Pintura
     Esta tinha uma variedade de temas como cenas domésticas, retratos, animais e cenas da vida quotidiana. A maior inovação da pintura romana, comparada com a grega, foi o desenvolvimento das paisagens, incorporando técnicas de perspectiva e profundidade.


Casa dos Vettii, Pompéia
Escultura
    Apesar de serem grandes admiradores da arte grega, os romanos desenvolveram um estilo próprio. O rosto era a parte mais importante das peças sendo desenvolvidas ao máximo as tendências realistas. O retrato baseava-se em grande parte no culto dos antepassados reproduzindo o rosto do falecido num material perdurável. Os romanos primavam pelo realismo fazendo representações fiéis das pessoas e não pelo idealismo de beleza humana como os gregos. 


Escultura do imperador Caracalla
Arquitetura
    A escultura romana ficou conhecida principalmente por seus retratos, realistas e práticos. Eles decoravam edifícios públicos e privados, que muitas vezes eram apenas uma base grandiosa para estas esculturas. Arcos edificados por todo o império destacavam-se entre os monumentos mais importantes. Embora muitos não tenham sobrevivido, tinham como função servir de ponto de apoio para estátuas construídas em honra a personagens importantes da época.




Coliseu
Vaticano
O arco de Tito.

Arte Paleocristã

   Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar uma arte simples e simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas.Surge a arte cristã primitiva, feita por pessoas comuns, originando a denominada arte cristã primitiva. 
    Esta fase de perseguição ficou registrada nas catacumbas (cemitérios subterrâneos) onde os cristãos celebravam seus cultos. Estas catacumbas se localizam em Roma e as pinturas simbólicas expressam bem os sentimentos da época. A simbologia das pinturas exibe peixes, ovelhas, cordeiros que traduzem nossas 
passagens bíblicas, Jesus, o Pastor e seus seguidores.

Catatumba de Santa Priscila, Roma
Escultura
   A escultura se destaca mais por seu significado e simbolismo do que pelas formas e é encontrada nos sarcófagos. Baixos relevos de pouca qualidade transmitem a espiritualidade. Suas figuras dão ênfase às cabeças, que seriam para eles o centro da espiritualidade. 
 Bom pastor.( arte paleocrista)

Arquitetura
    A arquitetura paleocristã foi simples e caracterizada pela simbologia das passagens da Bíblia. Destacamos numa primeira fase catacumbas e cemitérios subterrâneos em Roma para celebração de cultos cristãos.
A virgem com o filho e um profeta.

Arte Bizantina

     A arte bizantina consistiu numa mistura de influências helênicas, romanas, persas, armênias e de várias outras fontes orientais, cabendo-lhe, durante mais de um milênio, preservar e transmitir a cultura clássica grega.

    Arte bizantina está dirigida pela religião; ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes, tornando os artistas meros executores.O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça, e, não raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa, ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus. 

Mosaico
   O mosaico é expressão máxima da arte bizantina e não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, mas instruir os fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores.Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem inclusive os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro.

Mosaico de Cristo
Pintura
A pintura bizantina não teve grande desenvolvimento, pois assim como a escultura sofreram forte obstáculo devido ao movimento iconoclasta . Encontramos três elementos distintos: os ícones, pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de cristo ou de santos; as miniaturas, pinturas usadas nas ilustrações dos livros, portanto vinculadas com a temática da obra; e os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação.

A Cretense, de influência veneziana.
Arquitetura
   A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior atenção da arte bizantina, elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos totalmente decorados.
oda essa atração por decoração aliada a prevenção que os cristãos tinham contra a estatuária que lembrava de imediato o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e conseqüentemente a escultura não teve tanto destaque neste período.O que se encontra restringe-se a baixos relevos acoplados à decoração.

Interior da basílica de Santa Sofia



Arte Islâmica

  

  A arte islâmica abrange a literatura, a música, a dança, o teatro e as artes visuais de uma vasta população do Oriente Médio que adotou o islamismo a partir do século VII, em sentido estrito, a arte dos povos islâmicos inclui apenas as manifestações diretamente surgidas da prática religiosa, é comum, no entanto, que o termo abarque todos os gêneros da arte produzida pelos povos muçulmanos, associada ou não à religião.

Arte Visual
  A arte visual islâmica é decorativa, colorida e, no caso da religiosa, não figurativa, a decoração islâmica característica é conhecida como arabesco, um ornato que emprega desenhos de flores, folhagens ou frutos, às vezes, animais, esboços de figuras ou padrões geométricos, para produzir um desenho de retas ou curvas entrelaçadas, esse ornamento é empregado tanto na arquitetura quanto na decoração de objetos.

  A cerâmica, o vidro, os tecidos, a ilustração de manuscritos e o artesanato em metal ou madeira têm sido de importância fundamental na cultura islâmica, a cerâmica constituiu a mais importante das primeiras artes decorativas dos muçulmanos.



Arquitetura
    A arquitetura islâmica se expressa através da construção de mesquitas, madrasas – escolas religiosas -, locais de retiro espiritual e túmulos. As técnicas variam de acordo com as etapas históricas e os territórios onde se desenvolvem. No centro do mundo árabe as mesquitas seguem todas o mesmo padrão – um átrio, uma sala para orações -, mas possuem decoração e formas diversificadas. No Irã utilizam-se amplamente o tijolo e o que se chama de iwans, formas específicas, e o arco persa. Já na Península Ibérica há uma opção por uma arquitetura colorida, enquanto na Turquia a influência bizantina manifesta-se através da presença de grandes cúpulas nas mesquitas.


Tapete

    Os tapetes e tecidos desempenharam um papel essencial na cultura islâmica. Na época em que prevaleceu o nomadismo, as tendas eram decoradas com estas peças. À medida que os muçulmanos se tornaram sedentários, sedas, brocados e tapetes ganharam status de decoração em palácios e castelos, bem como nas mesquitas, nas quais os crentes ajoelham-se sobre tapetes, pois não devem ficar em contato com a terra. As oficinas mais importantes na confecção de tapetes foram as de Shiraz, Tabriz e Isfahan, no Oriente, e Palermo, no Ocidente.